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O sistema vigente na Nova República tem de ser demolido

Foto do escritor: Sol da PátriaSol da Pátria



Em um momento de radical mudança do cenário internacional por conta da pandemia e da reestruturação do sistema internacional, o Brasil continua preso a um modelo econômico e político que já se demonstrou um fracasso para assegurar o desenvolvimento nacional, a soberania, a Justiça Social e a representação popular.


Pior ainda, os dois candidatos que lideram as pesquisas não tem nada a oferecer senão a repetição dos mesmos esquemas que nos trouxeram à atual situação de descrédito institucional, queda de produtividade e simplificação da estrutura econômica. É como se o país se encontrasse em uma armadilha, conduzido por forças políticas e econômicas que, com apoio da grande mídia, se alienaram não só do povo mas dos próprios rumos da História.


E assim, o establishment aposta suas fichas no tripé macroeconômico e nas políticas que nos levaram a quatro décadas consecutivas de baixíssimo crescimento econômico e a um ambiente deletério para a indústria, que está deixando o clube das dez maiores do planeta, além de acentuar nosso atraso tecnológico. Segundo o discurso dominante, o modelo fracassado é inevitável, e o desenvolvimentismo que criou o moderno Estado brasileiro e nos tornou o país de maior crescimento do PIB entre 1930 e 1980 é uma política ultrapassada. O "moderno" é desnacionalizar continuamente a economia e apostar tudo na exportação de commodities, em um país de mais duzentos milhões de habitantes de uma dezena de metrópoles, com recursos para ser uma das potências globais. O moderno é a "dependência" em um momento em que até mesmo o centro dominante do sistema-mundo fala em 'desglobalização' e recomposição nacional e regional das cadeias de produção.


A imensa crise institucional faz com que surjam as propostas mais esdrúxulas, como a de cercar e demolir justamente o único Poder que goza de maior confiança da população e que permite que os eleitores participem de modo mais direto do processo decisório. Trocam a realidade da cultura política brasileira por abstracionismos nascidos de cabeças que vivem no mundo da fantasia, em que é possível manter o jogo do poder em um restrito clube que controla o "Brasil oficial".


O Narco-Estado avança e o crime organizado controla fatias inteiras do território urbano e rural, se infiltra na burocracia e no sistema político, enquanto boa parte dos militantes dos partidos insiste em copiar valores e pautas nascidas em grandes metrópoles do Norte Geopolítico e com elas aumentar a pressão em cima das classes populares, tratando-as como "atrasadas" diante do "avanço civilizacional" dos modelos europeus e ianques, em postura que só pode ser definida como racista e apátrida.


O Brasil precisa romper com os caminhos que percorreu nos últimos trinta, quarenta anos. É hora de encarar a dura realidade. A Nova República não nos trouxe democracia, e sim empobrecimento e ceticismo na representação popular, paralisia decisória e esgarçamento do tecido social. O melhor que a geração que construiu a Nova República pode fazer é ter desapego em relação a seus próprios erros, e coragem para mudar de rumo em prol do povo brasileiro.


Não precisamos da reiteração do equívoco ou de conformidade com um beco sem saída. Não precisamos de uma grande mídia militante, que pensa que defender os interesses geopolíticos dos norte-americanos ou a agenda do Partido Democrata é o melhor para o Brasil [afinal, para eles, ainda estamos no "o que é bom para os EUA é bom para o Brasil"]. Não precisamos daqueles que fingem que a opinião popular não existe, e que não veem problema algum no fosso que se criou entre os mediadores do sistema -- com sua propaganda incansável do aborto, do afastamento da religião do terreno público, da suavização da legislação penal, da propaganda de ideologias que são negadas peremptoriamente pela moralidade popular -- e o povo, como se as leis não tivessem de seguir estas últimas, e sim os cânones estabelecidos em San Francisco e Londres.


O sistema vigente na Nova República tem de ser demolido. É necessário coragem para fazê-lo. E nenhum dos dois candidatos que lideram as pesquisas tem qualquer compromisso com a mudança que necessitamos. É hora de uma alternativa séria para que saiamos do fundo do poço.


PÃO, TERRA, TRADIÇÃO!

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