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Sua majestade, o Rei do Baião!




Em 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, no município de Exu, em Pernambuco, nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento, filho de Januário José dos Santos e Santana.


"Bem que esta noite eu vi gente chegando

Eu vi sapo saltitando

E ao longe ouvi o ronco alegre do trovão

Alguma coisa forte pra valer

Estava para acontecer na região

Quando o galo cantou

Que o dia raiou eu imaginei

É que hoje é treze de dezembro

E a treze de dezembro

Nasceu nosso rei

O nosso rei do baião

A maior voz do sertão"


Treze de dezembro, além de ser a data do nascimento desse gênio da raça brasileira, é o dia em que os católicos homenageiam Santa Luzia. Nesta data, uma tradição entre moradores da Caatinga é deixar pedrinhas de sal expostas ao sol e, se elas se unirem, é sinal de ano bom para o sertanejo. Luiz Gonzaga, como qualquer outra potestade, recebeu vários epítetos. Quando prestou serviço ao Exército, exercendo a função de cabo corneteiro, recebeu o epíteto de "Bico de Aço"; devido à forma arredondada da sua cabeça, o violonista Sete Cordas o apelidou de Lua; sua esposa o chamava de "Lula".


Para o povo brasileiro, ele é o "Rei do Baião", o norte de um povo em busca de seu Ser. Em 1° de janeiro de 2001, foi eleito o "Pernambucano do Século" por meio de uma eleição promovida pela Globo Nordeste.

Talvez seja na dança que nossa identidade nacional se expresse com mais pujança. A dança está presente, inclusive, no nosso melhor futebol -- “Não deixe o futebol perder a dança. Nem perca esse sorriso de criança”, cantava Naná Vasconcelos. Indubitavelmente, o forró é uma das maiores expressões desse traço da brasilidade, sendo a tríade mais tradicional do gênero, a zabumba, o triangulo e a sanfona, uma ideia de Luiz Gonzaga.


Asa Branca, do folclore nordestino, foi elevada por ele a um hino da região Nordeste. Respeita Januário, Assum Preto, O Xote das Meninas, Pagode Russo, Olha pro Céu, A Triste Partida (poema de Patativa do Assaré, outro gênio da raça) são algumas das outras canções consagradas pela sanfona mágica do rapsodo de Exu.

É esse treze de dezembro que o país recordará e não esquecerá jamais, pois há 110 anos


"Nasceu nosso rei

O nosso rei do baião

A maior voz do sertão

Filho do sonho de D. Sebastião

Como fruto do matrimônio

Do cometa Januário

Com a estrela Santana

Ao nascer da era do Aquário

No cenário rico das terras de Exu. O mensageiro nu dos orixás"


Pão, Terra e Tradição!




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