top of page

O ataque esquerdeiro à memória de Sílvio Santos

Os esquerdeiros danaram de falar mal de Sílvio Santos bem nos dias do falecimento, velório, sepultamento e luto pelo apresentador, que foi presença marcante nos lares de gerações e gerações de brasileiros.



Notem que a campanha contra Sílvio é uma síntese de várias doenças do campo político esquerdeiro. Primeiro, o moralismo abjeto, quase que um puritanismo de matizes progressistas. O apresentador é vilipendiado por não se adequar aos elevados níveis de moralidade esquerdeira exigidos pelos manuais militantes.


Esse puritanismo às avessas é acompanhado de um senso de superioridade que beira a alucinação. O esquerdeiro se sente moralmente acima de seus inimigos. Não porque seus princípios sejam mais elevados, vejam bem. Não é sua causa que é melhor que a dos adversários. É mais do que isso: eles se sentem pessoas maravilhosas, a encarnação do Bem, aptas a julgar e condenar toda a sociedade, e mais do que a sociedade, toda a História se possível.


Notável que essa gente maravilhosa não consiga se adequar aos princípios básicos de civilidade do povo que desejam representar. É virtude não espezinhar a memória daquele que cai vítima de doença ou é visitado pelo Anjo da Morte. Este é um senso básico de comunidade que vigora entre os brasileiros.


É o que fez Brizola ao deixar décadas de guerra política e enviar condolências à família de Roberto Marinho quando da passagem do empresário e jornalista -- o que foi retribuído pelos Marinho quando do falecimento do imortal caudilho. No nosso país, é norma que as inimizades e disputas sejam relativizadas e esquecidas durante a calamidade. E não há calamidade maior do que a morte.



Seria simples se calar diante da morte alheia para não ferir os sentimentos de perda daqueles que ficam. Bastam alguns dias de silêncio respeitoso. Não é necessário tecer elogios a uma pessoa de quem não se gosta. Basta ter suficiente empatia para entender o momento. Tudo isto é muito simples, é intuitivo para qualquer pessoa normal.


Este é só um exemplo de desconexão profunda entre os esquerdeiros, que são formatados em uma cultura do conflito e do ódio, uma cultura do puritanismo e do senso da própria superioridade que é incompatível com a brasilidade.


Tudo o que os esquerdeiros falam de Sílvio Santos, falariam também de Chacrinha, do Bolinha, de Flávio Cavalcanti, de Mazzaropi e dos Trapalhões. Diriam de todos os herois de nossa política, de Dom Pedro I a Brizola, de todos os nossos ídolos esportivos, a começar pelo Rei Pelé. Diriam (e dizem) de gênios como Monteiro Lobato e Gilberto Freyre. Diriam de nossos avós, mães e pais, de nossos vizinhos, e da maioria esmagadora dos brasileiros comuns.



Essa gente mal consegue ter humor compatível com o nosso. Esse elemento que é tão importante para flagrar o ''espírito'', a cultura de dada população, lhes falta completamente. Eles riem do que não deve ser motivo de zombaria, como a religião cristã. E se ressentem das mínimas ''zoeiras'' politicamente incorretas que acontecem entre os membros de uma mesma comunidade, se insurgem contra a mania de colocar apelidos e trazer o distante para a intimidade, essa vocação do nosso povo para rir de si mesmo e, no riso, entrar em comunhão.


Falta a essa gente maravilhosa uma alma brasileira. E eles até sabem disso. E por isso nos odeiam, e por isso nos querem destruir, e por isso nos querem substituir por alguma construção artificial que elucubram em suas mentes doentias. O esquerdeiro típico é uma ''pessoa maravilhosa'' rumando para a sociopatia e reivindicando o direito inalienável à engenharia social.



0 comentário

Comments


bottom of page