O nacionalismo precisa cultivar uma postura séria: muitos discursos caricatos gravitam em torno do que se chama hoje de “nacionalismo” e isso contribui para marginalizar o movimento.
Nos próximos anos, é preciso redefinir o nacionalismo, para que este movimento ganhe peso, capacidade de articulação política e influência.
Nos próximos anos, é preciso redefinir o nacionalismo, para que este movimento ganhe peso, capacidade de articulação política e influência.
É claro que, entre os discursos caricatos dos quais o nacionalismo tem de se livrar, está a russofilia duginista. Sem se “desacoplar” dessa doença infantil, o campo nacionalista ficará não só à margem do debate como ainda "queimará o filme" de quem quiser defender suas agendas.
Os nacionalistas vão ter de criar um discurso coeso e consistente, com fundamentos em sua própria tradição intelectual. E daí dialogar com outros setores ideológicos: marxistas, conservadores, liberais etc. Isto sim é política madura e com horizontes claros.
A ideia nonsense, sem sentido, de que os nacionalistas não devem debater pautas específicas com movimentos de outras ideologia distintas é consequência desse vício sectarista e do apego purista a uma imagem "marginal" da qual temos de nos livrar para que nossas agendas repercutam com força nos próximos anos.
Duginistas brasileiros ficaram tão desorientados com os rachas recentes que não percebem que o próprio guru russo deles defendeu recentemente o diálogo com a velha tradição liberal dos EUA.
Vide “Do Liberalismo 1.0 ao Liberalismo 2.0: A Virada Pós-Moderna do Liberalismo” - Dugin, que odeia o nacionalismo, faz ao velho liberalismo a mesma "concessão" que fez aos nacionalistas e a considera "aliada tática".
Não é a primeira vez que tenho de explicar as posições de Dugin para os próprios duginistas: a maioria deles conhece mal e porcamente o próprio guru. E os poucos duginistas que efetivamente o leram mentem na cara dura sobre as ideias do russo.
Este é um exemplo de como o sectarismo infantil de certos meios duginistas não é compatível sequer com o pensamento problemático do próprio líder do movimento russófilo.
Ora, é evidente que, de qualquer forma, a posição de Dugin é irrelevante para nós, nacionalistas brasileiros, que historicamente sempre dialogamos com outros campos.
A Sol da Pátria possui um modelo de interação e diálogo que acreditamos ser o melhor para a difusão das ideias nacionalistas no atual momento do país. Conversamos com marxistas, conservadores, liberais etc. conscientes de que podemos convergir, em alguns pontos, para o bem do país. Esta, afinal, é a essência do nacionalismo.
A partir deste modelo de diálogo abrangente, e calcados nos princípios nacionalistas e populares, divulgaremos nas próximas semanas os pontos programáticos em torno dos quais pensamos que o campo nacionalista deve se estruturar e os pontos que deve defender no momento atual do Brasil.
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