Se os rios na Amazônia começarem a secar novamente (e parece que já estão), e se isso acontecer com mais frequência, é possível que, em breve, tenhamos apagões de energia (como aconteceu recentemente no Equador devido às secas), já que a matriz da energia nacional brasileira é quase toda de hidrelétricas.
Com a Eletrobrás privatizada em 2021 por meio de Medida Provisória, porém, o controle acionário da empresa fica ao cargo de acionistas majoritários (que são estrangeiros), e isso dificulta muita coisa porque as pretensões se chocam: de um lado acionistas miram o lucro (o que já é esperado), e, de outro lado, a população precisa que a empresa pública seja otimizada para minimizar os impactos da seca. Vai ficando cada vez mais evidente o que significa, em alguma pautas, o interesse público.
É por isso que a soberania energética de uma nação não pode ser controlada por agentes de outro país, justamente o que ocorre em privatizações desse tipo.
Se bobear, o Brasil corre o risco de retornar à situação anterior à criação da Eletrobrás, quando o país era abastecido pelas multinacionais Grupo Light e Bond and Share - esta última desapropriada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, não por mero "capricho ideológico" dele, e sim porque havia conflitos reais e produtivos em jogo.
Tanto é assim que, à época, a medida contou com apoio unânime de variados grupos políticos - todos os partidos votaram pela encampação, como lembra o Barbosa Lima Sobrinho no livro "Estudos Nacionalistas".
Outros tempos, em que os patriotas eram patriotas de verdade, e não essa curriola de hoje.
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