Apesar do compromisso de ambos os candidatos com o neoliberalismo e a subordinação ideológica ao Norte Global, nem por isto os dois projetos devem ser encarados como iguais.
Em torno de Lula se reuniram as principais forças que sustentam a moribunda Nova República. O candidato do PT promete a repetição de um passado que nos levou à catástrofe atual. É o "campeão" de um modelo que temos compromisso de superar.
Bolsonaro, no entanto, não é este horizonte de superação. Pelo contrário, seu projeto é abismo que ameaça tragar o país. Iludindo conservadores e manipulando sentimentos patrióticos e religiosos que não eram contemplados pelo sistema político-partidário, o governo atual busca desmontar o Estado, as proteções sociais e a política externa. Apoia o domínio abusivo dos mais fortes sobre os desprotegidos. Defende explicitamente a opressão direta de classe calcada na violência nua e crua, na ameaça de máfias, e na amoralidade do mercado.
Embora se diga nacionalista, Bolsonaro só espalha dissenso. É inepto para unir o país em torno de causas comuns. Sua ação alavanca uma guerra de todos contra todos sustentada por uma rede sistematizada de mentiras, com o intuito de dividir nossas casas e comunidades. Atordoados e alienados pelo bolsonarismo, os brasileiros não conseguem enfrentar os verdadeiros problemas que afligem o país.
A necessidade de derrotar o projeto de Bolsonaro é imposta não apenas por divergências políticas. É condição para a sobrevivência nacional. Para nosso campo tradicionalista, trabalhista e conservador, Bolsonaro não é opção. Abstenções e votos nulos são compreensíveis diante de dilemas de consciência em relação ao petismo e a Nova República. Assim como é compreensível o voto em Lula nas atuais circunstâncias.
A exigência inescapável hoje é derrotar Bolsonaro. Não pode existir união nacional com um governo cuja retórica se apoia na violência, no divisionismo interno e no ataque aos mais frágeis.
Hoje é dia de um NÃO ROTUNDO a Bolsonaro e de um SIM ao Brasil.
PÃO, TERRA, TRADIÇÃO!
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